A arte de Ralf Schinke vem de três gerações. O avô materno Erich Schulz chegou ao Brasil em 1913 e se revelou um excelente aquarelista, pintor, músico e cenógrafo. A mãe Gisela Schinke seguiu a vocação do pai e dedicou-se aos óleos e às aquarelas.

Ralf cresceu nessa atmosfera cultural calorosa e efervescente, em meio a aulas de violino e pintura, e em uma residência-museu, que até hoje preserva em Estrela, no Rio Grande do Sul, um acervo de mais de quatro mil peças de antiguidades, colecionadas pela mãe e o pai Werner Schinke, médico admirado, que marcou história na medicina por cinco décadas.

Em 30 anos dedicados à joalheria autoral – 20 deles criando e executando projetos exclusivos em seu ateliê na Praça Maurício Cardoso, no elegante bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre -, a mescla cultural parece ser um fator determinante no trabalho de Ralf Schinke.

Na década de oitenta, o artista frequentou o Instituto de Belas Artes da UFRGS e foi para a Alemanha estudar na prestigiada KUNSTAKADEMIE, em Duesseldorf. Foi aí, na terra de seus antepassados, que ele iniciou a sua carreira como designer ou artista joalheiro, como prefere definir o seu ofício. Nos anos 90 retorna a Porto Alegre e consolida a sua marca em uma série de coleções e exposições.

Seus aneis, colares, brincos e pingentes atendem aos desejos e sonhos de pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, com destaque para Alemanha, França, Espanha, Portugal e Estados Unidos.

As peças, as vezes delicadas, outras provocativas, outras desafiadoras, são marcadas pela diversidade de estilos, que vão do clássico ao contemporâneo, da simplicidade à assimetria da forma e variedades de materiais. São verdadeiras esculturas.